Ferro de passar



Na verdade, a história do ferro de passar começa bem antes de sua criação. Começa pra valer, quando a humanidade passa a vestir-se e percebe que o aspecto amassado de suas vestimentas, não é dos mais elegantes e confortáveis. 

Baseado em pesquisas foi constatado que os chineses, no século IV, desenvolveram um recipiente de lata, cheio de brasas, para essa função. Já no Ocidente, as roupas eram passadas através de um alisador de vidro, mármore ou madeira, usado frio, empregando uma goma de amido. Esses materiais foram usados até o século XV. 

Porém no século XVII, surge o ferro de passar.  Como o próprio nome já diz, eles eram feitos, normalmente, de ferro e aquecidos no fogo. Algum tempo depois, surgem os ferros de passar ocos ou ferros a carvão, onde eram preenchidos com brasas. No século XIX, surgem os ferros de lavanderia, aquecidos sobre os fogões e agora sendo preenchidos com água quente, gás, ou álcool.

 A partir de 1892, a eletricidade passou a ser a fonte de calor para essa atividade. O norte-americano, Henrry W. Seely, em 6 de Junho, inventa e patenteia o primeiro ferro de passar elétrico. No ano seguinte as lavanderias já obtinham suas enormes máquinas de passar, de uso comercial e mais adiante, em 1926,  surgiu o primeiro ferro a vapor. Mas vale lembrar que em 1924, Joseph  Myer, desenvolve o ferro elétrico com termostato, evitando a tão frequente queima das roupas. Só que o ferro elétrico dessa época não obteve o sucesso esperado pelo seu inventor, já que poucas casas tinham energia e também por ser mal distribuída. Todavia, com a regularização e aperfeiçoamento dessa distribuição, o ferro elétrico passou a ser indispensável no dia-a-dia. 

No Brasil, o abastecimento do mercado era feito através de importações e  o produto só se nacionalizou na década de 1950. Nessa mesma época, os mercados mundiais foram abastecidos com uma grande variedade de ferros. 

E até hoje, os fabricantes criam, aperfeiçoam e dão cara nova aos ferros.

Fazendo um paralelo, com o passado de nossa cidade, percebemos que ele chegou por aqui ,há mais ou menos sessenta anos atrás e infelizmente, para poucos, principalmente pele falta de recursos da população. Os ferros eram fabricados em casas de ferreiros, como por exemplo Oligário Carneiro, em Valente, e aqui, por Sr. Bastião e Sr. Euzébio. 

Quando da chegada da eletricidade na cidade, em 1968, o ferro elétrico  logo se popularizou, mas, muitos ainda  tinham medo de choques e queimaduras. 

Conclui-se que o ferro de passar, elétrico ou a carvão, modificou a vida das pessoas principalmente das donas de casa, que antes do ferro não  passavam as roupas  e depois, com o elétrico, facilitaram suas vidas. 



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